De acordo com o jornal chinês Global Times, o Governo da China anunciou que a autorizou e aprovou a primeira vacina do país contra a Covid-19. As autoridades afirmam que a vacina esta sendo desenvolvida há meses e o pedido de patente foi realizado em março.

A vacina de adenovírus recombinante chamada  Ad5-nCoV é desenvolvida pela empresa biofarmacêutica CanSino Biologics em parceria com uma equipe liderada pelo militar chinês Chen Wei, especialista em doenças infecciosas.

Ambos garantem que ela é segura e eficaz, além de possibilitar dar passagem para futuramente se alcançar a inoculação geral da população do país. No documento publicado no site da Administração Nacional de Propriedade Intelectual da China, a vacina poderá ser produzida em massa num curto prazo no caso de um surto. A CanSino emitiu uma nota, na qual divulgou que a concessão da patente confirma ainda mais a eficácia e segurança da vacina e demonstra de modo convincente a titularidade de seus direitos de propriedade intelectual (DPI).

Segundo publicação do Global Times, a vacina também possui um mecanismo similar à russa Sputnik V, e as duas nações estão cooperando extensamente, tanto na criação quanto na produção em massa delas.

A patente foi aprovada na semana passada, no dia 11 de agosto por  Xu Xinming, advogado especializado em direitos de propriedade intelectual. Xinming apontou que a China tem um sistema de exame e concessão de patentes extremamente rigoroso e completo, e exige que uma tecnologia ou produto seja fundamentalmente distinta das tecnologias e produtos similares existentes em todo o mundo para que a patente possa ser concedida.

No entanto, anteriormente os Estados Unidos já havia alegado o roubo de dados dos principais desenvolvedores de vacinas contra o novo coronavírus no território norte-americano. A potência asiática contra atacou os argumentos com Pequim dizendo que liderava o desenvolvimento no campo e estava mais preocupada com outros países roubando suas pesquisas. Além disso, Tao Lina, especialista em vacinas de Xangai, negou as acusações “sem fundamento” dos EUA, referindo que na ocasião o país norte-americano não tinha lançado experiências em alguns dos métodos utilizados pela Ad5-nCoV. Para Tao Lina, a concessão da patente possivelmente facilitará o processo de comercialização. “Uma patente concedida oficialmente também aumentará a confiança do mercado nas vacinas da Covid-19 desenvolvidas na China, principalmente no mercado internacional”, disse Tao.