A invenção é, em síntese, um dispositivo eletrônico destinado ao controle do acionamento de lâmpadas. O sistema, que trabalha a partir do menor nível da corrente de tensão, tem um dispositivo anti-faísca, podendo ser instalado em ambientes empresariais e residenciais.
Com a patente, essa tecnologia poderá ser produzida em escala industrial para ser disponibilizada ao mercado consumidor. “Traz segurança e condições de automatizar as instalações. Num ambiente com vazamento de gás, por exemplo, o dispositivo quando acionado evita explosões” explica Benhurt.
Ele destaca que, atualmente, o mercado com essa grade de produtos está em expansão, pois cada vez mais a engenharia precisa se ater às leis e normativas de segurança.
O pesquisador destaca que esse tipo de interruptor também é usado no processo de automatização dos interruptores de energia elétrica, podendo ser acionados por celular, a distância, entre outros.
ACIDENTES – Mesmo com uma regulamentação estabelecida para evitar explosões, as instalações elétricas ainda são uma das principais causas de incêndio no País.
Segundo dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), em 2019 o número de incêndios originados de instalações elétricas cresceu 22% em relação ao ano anterior, com 656 casos registrados e 74 vítimas fatais.
No período de 2015 a 2019 houve 3.585 acidentes fatais envolvendo eletricidade – por choques elétricos (3.135), incêndios (231) e descargas atmosféricas (219).
Segundo o estudo, os números divulgados devem ser maiores, uma vez que apenas são computados os casos oficiais, ou seja, os reportados às autoridades.
O pesquisador explica que a engenharia está cada vez mais focada em maneiras de evitar incêndios, que além de prejuízos materiais apresentam risco à vida.
A entidade informa que a maioria dos acidentes elétricos, como os choques, acontece em residências, que abrangem casas, sítios, apartamentos e fazendas. É neste sentido que dispositivos seguros, como o criado pelo pesquisador, são boas opções para o setor.
PRIME – O programa Prime tem objetivo de contribuir com o desenvolvimento econômico e social de todo o Estado a partir da transferência dos resultados das pesquisas acadêmicas realizadas nas universidades estaduais para o mercado.
A iniciativa está voltada para pesquisadores e titulares de patente. Os profissionais selecionados receberão apoio para viabilizar a sua invenção.
PESQUISADOR – Benhurt tem experiência no ensino técnico, administração de empresas, tecnologia em eletrotécnica e sistema de geração solar e eletromecânica. Atua em pesquisas em engenharia de energia na agricultura e desenvolvimento de aparelhos eletrônicos.
Fonte: https://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=112173&tit=Pesquisador-da-Unioeste-cria-interruptor-eletrico-a-prova-de-explosao